De acordo com o estudo, mais da metade das crianças brasileiras de nove anos não conseguem fazer tabuada, interpretar gráficos simples ou somar e subtrair números de três algarismos.

Na avaliação do desempenho em Ciências, o resultado foi um pouco melhor do que em matemática.

Os dados desta quarta trouxeram um cenário mais preocupante do que o imaginado para o Brasil. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) apontava um progresso no aprendizado.

O estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências analisa ciclos de quatro anos e deve auxiliar o governo a ter mais diagnósticos da realidade educacional do país.

Entre os alunos de 4° ano, 39% não dominam conhecimentos básicos de ciências, como informações sobre plantas, animais e o meio ambiente. A média foi de 425 pontos, que posiciona os alunos entre o nível baixo e intermediário.

Já entre as crianças do 8° ano, 42% não foram capazes de responder perguntas sobre células, tecidos e órgãos. Eles também não souberam diferenciar uma reação química de uma reação física. Os alunos não conheciam afirmações como: “o sol provê luz e calor” ou “há sal no oceano”. Na média geral, o Brasil teve 420 pontos, entre os níveis baixo e intermediário.

Na matemática, o Brasil ficou com uma média de 378 pontos, à frente apenas de Marrocos. O país foi ultrapassado por nações como Irã, Uzbequistão, Chile, Malásia, Arábia Saudita, África do Sul e Jordânia.

O levantamento aponta ainda que as zonas urbanas tiveram médias melhores do que as rurais no estudo.

O levantamento indica ainda que 24% dos alunos do quarto ano afirmaram sofrer bullying, e esses estudantes apresentaram uma média de desempenho de 368 pontos em matemática e 387 pontos em ciências. Os que relataram nunca ter sofrido bullying alcançaram uma média de 59 pontos a mais em matemática e 72 a mais em Ciências.