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Segunda-feira, 10 de Novembro de 2025
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Julho Amarelo alerta sobre Hepatites Virais

Mais de 720 mil casos foram confirmados no Brasil entre 2000 e 2023

Julho Amarelo alerta sobre Hepatites Virais
Hobarueri
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O mês de julho é marcado pela campanha Julho Amarelo, voltada para a conscientização sobre as hepatites virais, doenças que atingem o fígado e podem causar desde alterações leves até quadros graves, como cirrose e câncer hepático.

As hepatites virais acarretam, aproximadamente, 1,4 milhão de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associados aos tipos virais da doença. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada ao HIV e à tuberculose, como esclarece o Ministério da Saúde. No Brasil, entre os anos 2020 e 2023, o vírus C foi responsável por mais de 70% dos óbitos por hepatites virais, seguido pelos tipos B e A. A maior parte está na Região Sudeste, a exceção do vírus D, cuja predominância se dá na Região Norte, e a incidência é maior entre o sexo masculino.

De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2024, divulgado pelo Ministério da Saúde, mais de 720 mil casos foram confirmados no Brasil entre 2000 e 2023. A faixa etária mais atingida está entre 30 e 49 anos.

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Já há vacinas que protegem contra três dos quatro tipos da doença, e todas podem ter sua incidência reduzida por meio de estratégias de prevenção.

A região sudeste lidera em número absoluto de notificações. Já a região norte concentra a maior taxa proporcional de casos, impulsionada pela baixa cobertura vacinal e maior vulnerabilidade social, com destaque para os vírus B e D.

As hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C. A transmissão varia conforme o tipo:

Hepatite A: contato com água ou alimentos contaminados;

Hepatites B e C: contato com sangue contaminado, relação sexual desprotegida, uso de objetos cortantes ou perfurantes não esterilizados, e compartilhamento de itens pessoais;

Hepatite D: ocorre apenas em pessoas que estão infectadas pelo vírus B, e caso tenham contato com o vírus delta. Maior incidência na região Norte.

Segundo o infectologista, Pedro Carneiro, um dos maiores desafios no combate à doença é o fato de que muitos casos não apresentam sintomas. “Na maioria das vezes, as hepatites não manifestam sinais visíveis, o que faz com que grande parte dos infectados desconheça o diagnóstico”, explicou.

“A principal recomendação é realizar testes regulares. A detecção precoce é fundamental para evitar complicações, como cirrose e câncer de fígado”, completou.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza vacina contra a hepatite B para todas as faixas etárias, além de incluir a vacina contra a hepatite A no calendário infantil. Já a hepatite C, que ainda não possui vacina, conta com tratamento gratuito e eficaz pelo SUS.

“Buscar informações em fontes confiáveis, fazer o teste e manter a vacinação em dia são medidas simples, mas fundamentais para conter o avanço silencioso das hepatites virais”, concluiu o infectologista.

 

POR REDAÇÃO

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