O TikTok suspendeu suas operações nos Estados Unidos na noite de sábado, 18 de janeiro, em cumprimento a uma lei que proíbe o aplicativo, a qual entra em vigor neste domingo, 19. A decisão foi tomada após a Suprema Corte dos EUA confirmar a legalidade da legislação que exige que a empresa controladora, ByteDance, venda suas operações no país. A lei, sancionada pelo presidente Joe Biden em abril de 2024, foi aprovada com forte apoio bipartidário, com o objetivo de mitigar preocupações de segurança nacional relacionadas ao acesso da China a dados de usuários americanos.
O presidente eleito Donald Trump, que assume o cargo na segunda-feira, 20, indicou que pode adiar a proibição por 90 dias. Em entrevista, Trump afirmou que essa extensão é uma opção viável e que uma decisão será anunciada em breve. O TikTok, que possui cerca de 170 milhões de usuários nos EUA, alertou que, sem garantias do governo sobre a não aplicação da lei, seria forçado a desligar seus serviços. A Casa Branca classificou a ameaça do TikTok como uma "manobra", afirmando que a implementação da lei caberá à nova administração.
A ByteDance, por sua vez, nega as acusações de que o TikTok representa um risco à segurança nacional e argumenta que a proibição viola a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão. Enquanto isso, usuários do TikTok estão migrando para outras plataformas, como o Xiaohongshu, conhecido como RedNote, que combina vídeos curtos com comércio eletrônico. A situação do TikTok continua incerta, com a expectativa de que a nova administração de Trump busque uma solução que permita a continuidade do aplicativo nos EUA.
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