🙃Enfrentando uma crise financeira, a Prefeitura de Jacareí anunciou, nesta terça-feira (3), que tem dívidas que chegam a R$ 56,6 milhões. Os valores são referentes a pelo menos sete credores. Veja quais são:
- Instituto de Previdência do Município de Jacareí (IPMJ): R$ 27.851.718
- Fornecedores: R$ 13.147.050
- Concessão Ambiental (coleta de lixo e manutenção da cidade): R$ 5.156.395
- SHA (alimentação): R$ 6.007.705
- EDP (energia): R$ 2.125.600
- JTU (transporte): R$ 1.519.000
- SAMU (saúde): R$ 885.109
- Total: R$ 56.692.577
A terceira maior dívida é com a empresa Concessão Ambiental, responsável pela coleta de lixo na cidade. Nos últimos dias, os coletores fizeram uma paralisação por conta da falta de pagamento de benefícios. A expectativa é que eles voltem ao trabalho nesta terça-feira (3).
Em entrevista à Rede Vanguarda, o prefeito Izaias Santana (PSDB), que deixará o cargo no fim deste ano, afirmou que o motivo da dívida é o congelamento dos repasses federais.
Em outubro deste ano, a prefeitura de Jacareí publicou um pacote de ajustes financeiros. Entre as medidas estavam a redução dos horários dos serviços do Atende Bem e cortes nas oficinas culturais da cidade. A ideia era reduzir a carga horária dos funcionários de serviços não essenciais para, no máximo, 6 horas por dia.
Os funcionários da rede municipal de educação já estavam com jornada reduzida desde o mês passado. Agora, a partir do dia 16 de dezembro, com o fim das aulas, os professores vão entrar em recesso e, segundo a prefeitura, neste período não receberão o vale refeição.
Na área da saúde, a prefeitura tem dívidas com o Samu. De acordo com o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto do Paraíba, responsável pelo Samu, o valor total da dívida em atraso é de R$ 885 mil. O valor é referente aos meses de outubro e novembro.
No caso do Samu, o prazo para o pagamento da parcela referente ao mês de dezembro de R$ 590 mil termina nesta terça-feira (3). Ainda segundo o consórcio, a prefeitura encaminhou um ofício com proposta de parcelamento da dívida para o ano de 2025 e o pedido ainda será analisado.
De acordo com Izaias, a prefeitura adotou uma série de medidas para diminuir a dívida. Uma delas foi anunciada em outubro, quando a gestão municipal reduziu o horário de atendimento em repartições públicas.
“A redução da atividade, a não abertura de obras novas - veja que nesse ano inteiro nós só temos obras novas vinculadas ao CAF. Obras com recursos do município não foram iniciadas exatamente porque eu sabia que não teríamos condições de pagar. E agora redução de serviços essenciais", disse.
Izaias Santana afirmou também que espera deixar a dívida em menos de R$ 50 milhões para o próximo prefeito, Celso Florêncio (PL), que venceu as eleições realizadas neste ano e assume a prefeitura a partir de 2025.
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