Tumor é o mais comum nos homens após o câncer de pele não melanoma. Oncologista reforça importância dos exames de rotina para diagnóstico e tratamento precoce. Durante o mês de novembro, que traz a cor azul ao seu nome, é fundamental alertar a população contra o câncer de próstata - neoplasia mais comum em homens (com exceção do câncer de pele não melanoma) e que costuma atingir pessoas acima dos 65 anos.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano no Brasil entre 2023 e 2025. Além disso, de acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, houve 16.292 mortes em 2022 devido à doença, cerca de 44 óbitos por dia.
O que é a próstata?
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que se localiza na parte baixa do abdômen, abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela produz e armazena parte do líquido seminal, que juntamente com os espermatozoides, compõem o sêmen.
Sinais para ficar de olho
Na fase inicial da doença, a maioria dos casos é assintomático. Apesar da neoplasia se desenvolver lentamente, em estágios mais avançados o câncer de próstata pode apresentar sinais. Os mais comuns são:
* Dificuldade para urinar
* Gotejamento final prolongado
* Dor ou ardor para urinar
* Frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite
* Sensação de não esvaziar completamente a bexiga
"Conforme a doença avança, os pacientes também podem notar sangramento na urina ou esperma, retenção urinária, insuficiência renal e até mesmo dor nas costas. Nesse último caso, no qual chamamos de dor óssea, o problema pode ocorrer devido a presença de metástases. Por isso, caso qualquer sintoma seja observado, é fundamental buscar por atendimento médico", explica a oncologista Pamela Muniz, da Oncoclínicas São Paulo.
Fatores de risco
* Ter mais de 50 anos
* Histórico familiar de câncer de próstata
* Ser negro
* Dieta pobre em verduras, vegetais e frutas, mas rica em gorduras
* Obesidade
* Sedentarismo
Como o diagnóstico é feito
A conversa sobre o diagnóstico precoce deve começar por volta dos 40 e 50 anos, principalmente se houver histórico da doença na família. A neoplasia pode ser detectada através do exame clínico de toque retal e também pelo rastreamento sanguíneo do PSA, o antígeno prostático que é produzido pela próstata.
Caso seja necessário, o médico poderá indicar exames complementares ao diagnóstico, como tomografia computadorizada da pelve, radiografia e cintilografia óssea.
Entenda o tratamento
Para o tratamento adequado, é muito importante que o especialista leve em consideração questões como o estágio da doença, tamanho do tumor e se o paciente possui outras questões de saúde.
"Pode ser realizado cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou braquiterapia. As técnicas podem ser utilizadas de maneira isolada ou ainda em combinação, dependendo de cada caso. Para reduzir as chances de recidiva, o especialista pode indicar ainda a hormonioterapia antes, durante ou após o tratamento de radioterapia", explica Pamela Muniz.
Prevenção
De acordo com o INCA, cerca de 80% e 90% dos tumores malignos possuem causas externas - incluindo o câncer de próstata. Por isso, além do acompanhamento médico periódico, é fundamental adotar hábitos saudáveis na rotina, como não fumar, moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, adotar uma dieta balanceada e praticar atividades físicas regularmente.
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