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Quarta-feira, 22 de Janeiro de 2025

Notícias Policial

Mortes pela polícia no Vale têm aumento de 56% na gestão Tarcísio

Os dados consideram todo o ano de 2023 e os nove meses de 2024, e foram divulgados pela SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública).

Mortes pela polícia no Vale têm aumento de 56% na gestão Tarcísio
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As polícias Civil e Militar mataram 53 pessoas na RMVale durante o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que enfrenta pressão após onda de violência envolvendo policiais.

Os dados consideram todo o ano de 2023 e os nove meses de 2024, e foram divulgados pela SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública).

Do total de óbitos, 50 mortes ocorreram em confronto com policiais militares durante o serviço. Três vítimas foram mortas em ações com a Polícia Civil, sendo uma com o agente em serviço e duas na folga.

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O biênio 2024-2023 já é um dos mais letais da série histórica da SSP mesmo faltando o quarto trimestre de 2024 na estatística oficial. A contagem da pasta começa em 2005.

O período do governo Tarcísio supera as mortes registradas em confronto com as polícias no período anterior (2022-2021), que registrou 42 óbitos nos 24 meses – número que cai para 34 se retirado o quarto trimestre de 2022.

Governo.

Sob o governo Tarcísio, considerando o período de 21 meses, o número de mortes em confronto com as polícias aumentou 56% no Vale, com um incremento de 19 óbitos comparado a 2022 e 2021.

No acumulado de mortes registras nos três trimestres de cada ano da série histórica da SSP, 2024 acumula 28 óbitos e só perde para 2020, quando 32 pessoas foram mortas na região em confronto com as polícias.

A letalidade policial no Vale estava em queda após recorde de mortes em 2019 e 2020, anos que registraram 30 e 38 óbitos na região, respectivamente. A partir de 2021, com o uso de câmeras corporais na farda dos policiais, o total de mortes caiu para 25 e depois para 17, em 2022.

O número de 2021 foi o mais baixo desde 2013, quando oito pessoas morreram em enfrentamentos com as polícias na região. As 28 mortes de 2024 superam até mesmo o ano de 2006, que teve 24 óbitos em confronto com as polícias e foi marcado por ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) às forças de segurança.

Estado.

Em todo o estado de São Paulo, a PM matou 676 pessoas de janeiro a outubro deste ano. A taxa é mais do que o dobro dos 331 casos registrados em 2022. No mesmo período do ano passado, primeiro ano da gestão de Tarcísio, foram 407 pessoas mortas por policiais militares.

Nesta terça-feira (3), o Ministério Público encaminhou documento com recomendação para que a tropa aplique “normativas existentes sobre abordagens policiais, visando a redução dos casos de erros, abusos e, por consequência, de letalidade policial”. Os promotores também pediram à PM que atualize procedimentos em abordagens.

Tarcísio descartou demitir o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, em meio à onda de violência policial. "Olhe os números. Você vai ver que está [fazendo um bom trabalho]", disse o governador, sem explicar, contudo, quais números comprovariam o bom trabalho do secretário.

Procurada pela reportagem, a SSP ainda não comentou os números da letalidade policial no Vale do Paraíba. O espaço segue aberto.

Crítica.

Ouvidor da Polícia de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva fez duras críticas à SSP em resposta aos casos de violência policial. Ele afirmou que a ação policial reflete um “descontrole da tropa” e que os casos recentes de violência são exemplo do “descaso e impunidade no âmbito da segurança pública”.

Um dos casos é o da morte de Gabriel Renan da Silva, baleado nas costas por um policial militar de folga na zona sul de São Paulo. O outro é o episódio do homem jogado de uma ponte por um PM, em Cidade Ademar, também na zona sul da capital.

O ouvidor ressaltou a presença de outros policiais nas ocorrências e criticou a omissão deles em impedir os atos de violência. “Poderiam ter atuado para que o inexplicável gesto não ocorresse, mas nada fazem”, disse em nota enviada ao portal Terra.

OAB.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo também criticou a violência policial no estado. Em nota, as comissões de Advocacia Criminal e de Segurança Pública da OAB SP repudiaram os recentes casos de violência policial cometidos por agentes da Polícia Militar de São Paulo.

“Desde o início deste ano, dezenas de casos foram noticiados pela imprensa, demonstrando a gravidade de ações ilegais cometidas pelas forças policiais”, disse a OAB.

“Nenhum dos fatos noticiados recentemente demonstra aquilo que se espera de ações que deveriam estar inseridas em um programa idôneo de segurança pública, não passando de ilegalidades graves, que devem ser apuradas rapidamente. Para além da gravidade ínsito a eles, refletem a completa ausência de um projeto idôneo de política pública criminal e merecem atenta reflexão, análise e resposta clara e direta do Governo do Estado de São Paulo”, comentou a instituição.

A OAB encerrou a nota dizendo quem “repudia veementemente os fatos divulgados” e cobrando “resposta das autoridades incumbidas da realização da segurança pública e da Justiça”.

FONTE/CRÉDITOS: OVALE
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