A Polícia Civil de São José dos Campos, por meio da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da DEIC/Deinter 1, cumpriu nesta sexta-feira (22), mandados de busca e apreensão para combater a prática de jogos de azar por meio da exploração de rifas ilegais e a promoção de jogos como o “tigrinho”. Influenciador de Jacareí teve bens e valores de mais de R$ 1 milhão apreendidos pela Justiça. 

Ao todo foram cumpridos quatro mandados nas cidades de Jacareí e São José dos Campos. Todos os documentos foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Jacareí. De acordo com os investigadores, durante as apurações foi identificado que um influenciador digital da região, conhecido como “Biel Grau”, utilizava suas redes sociais, com cerca de 180 mil seguidores, para promover rifas ilegais de veículos e plataformas associadas ao “jogo do tigrinho”.

O influenciador Gabriel Valentim Castanheira, conhecido como ‘Biel Grau’, foi preso em outubro em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Na ocasião a polícia encontrou com ele uma pistola Glock calibre .380 e no carro que ele dirigia também havia um carregador alongado contendo 11 munições com a numeração raspada, além de um cinto de guarnição com coldre, que serve para organizar equipamentos como armas e munições, além de um porta-carregador. Após essa prisão, o influenciador foi liberado no último dia (01). 

Na operação ocorrida nesta sexta-feira (22) a Justiça determinou a quebra de sigilo fiscal de Gabriel para apurar sua evolução patrimonial, que, de acordo com os investigadores “apresentava indícios de incompatibilidade com atividades lícitas”. Foram também decretadas medidas assecuratórias, incluindo o bloqueio de bens e valores no montante de R$ 1.839.640,00, abrangendo contas bancárias, veículos e outros patrimônios de titularidade do investigado.

“O “jogo do tigrinho” tem sido identificado como uma prática amplamente utilizada por organizações criminosas para a lavagem de dinheiro e movimentação de recursos ilícitos. Além disso, a modalidade tem causado prejuízos diretos à sociedade, incentivando o endividamento de famílias vulneráveis e agravando problemas como violência e desigualdade social”, apontou a equipe responsável pela investigação.

As investigações seguem em curso com o objetivo de desarticular as práticas criminosas.