O Vale do Paraíba alcançou 352 mortes em acidentes de trânsito em 2024, de janeiro a novembro, e registrou o ano mais violento desde 2016, que teve 372 óbitos no mesmo período.

Os dados são do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo). O período de 11 meses com mais mortes no trânsito no Vale, na série histórica do sistema estadual, foi registrado em 2015, com 385 óbitos.

Na comparação com 2023, o atual período de 11 meses supera em 14% o total de mortes no trânsito: 352 a 309. Os anos anteriores também perdem para 2024: 308 mortes em 2022, 298 em 2021, 301 em 2020, 341 em 2019, 303 em 2018 e 312 em 2017, todos considerando o intervalo de janeiro a novembro.

A boa notícia é que novembro terminou com redução no número de mortes no trânsito na comparação com outubro: 28 óbitos contra 45, uma queda de 37,78%. No ano passado, novembro também registrou 28 mortes nas estradas e vias municipais.

O crescimento das mortes em 2024 fez o ano ultrapassar duas vezes a casa de 40 óbitos no trânsito, em agosto (42) e outubro (45), de acordo com os dados do Infosiga.

Entre as cidades da região, São José dos Campos lidera o ranking de mortes, com 75 casos. O número representa 21,30% do total de óbitos do Vale em 2024.

No mesmo período do ano passado, a maior cidade da região contabilizou 67 vítimas fatais. De janeiro a novembro, o aumento neste ano é de 11,94%.

Motos e jovens.

As mortes em acidentes com motocicletas somaram 128 em 2024 e representaram 36% do total dos óbitos na região. As bicicletas chegaram a 45 e empataram com os automóveis (45). Ambos têm 13% das mortes no trânsito. Os pedestres chegaram a 39 mortes e 11% da totalidade.

A maior quantidade de mortes em motocicletas levou a faixa etária de 15 a 19 anos à liderança do ranking de óbitos no Vale, com 41 em 2024. Depois aparece a de 25 a 29 anos, com 32 mortes. A de 40 a 44 anos tem 31 e a de 35 a 39 anos e de 60 a 64 anos, 30 óbitos.

No geral, as rodovias foram responsáveis por 187 mortes em acidentes de trânsito (53%) e as vias municipais por 153 óbitos (43,5%). O restante não foi identificado.