A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) autorizou o aumento da vazão do Rio Paraíba do Sul como medida emergencial para combater a poluição que tem causado a morte de diversos peixes no trecho que abrange São José dos Campos e Caçapava. A decisão visa diluir os poluentes de forma mais rápida enquanto as investigações sobre a origem do problema prosseguem.
De acordo com o Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul (CBH-PS), a medida foi adotada em resposta ao grande volume de peixes mortos, especialmente da espécie mandi, que começaram a aparecer na região nesta semana. “A ANA autorizou o aumento da vazão para promover a diluição da carga poluidora, enquanto a CETESB apura as causas da mortandade”, informou o CBH-PS.
O foco das investigações está em uma área próxima ao bairro Vila Tesouro, em São José dos Campos, que inclui a captação de água da Refinaria Henrique Lage (Revap), operada pela Petrobras. Mas, a empresa negou qualquer relação de suas operações com o problema.
Em nota, a Petrobras declarou que identificou os peixes mortos antes da área de captação no dia 22 de novembro e notificou imediatamente a CETESB para que as causas fossem apuradas. “Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a responsabilidade ambiental. Estamos colaborando com as autoridades para esclarecer o ocorrido e garantir a proteção dos recursos naturais”, afirmou a companhia.
O Rio Paraíba do Sul, que corta 24 cidades no Vale do Paraíba, é fundamental para o abastecimento de água, a preservação ambiental e as atividades econômicas da região. Por isso, a situação tem causado preocupação entre pescadores e moradores, além de mobilizar as autoridades.
Enquanto as investigações prosseguem, a medida de aumento da vazão busca minimizar os impactos da poluição no ecossistema do rio, considerado um dos mais importantes do sudeste brasileiro.
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